terça-feira, 19 de junho de 2007

The Rakes e The Magic Numbers no Brasil

Em sua primeira edição, o Festival Indie Rock traz ao Brasil duas grandes bandas britânicas de destaque na cena indie, os magrelos do The Rakes e os casais de irmãos do The Magic Numbers.
O festival, que acontece nos dias 25 e 26 de julho no Rio de Janeiro e nos dias 26 e 27 em São Paulo, conta ainda com a participação de ótimas bandas independentes do Brasil que já são grandes conhecidas do público "alternativo", são elas: Mombojó, Lucas Santtana & Seleção Natural, Moptop, Hurtmold e Móveis Coloniais de Aracajú.

The Rakes

The Magic Numbers










Serviço:

RIO DE JANEIRO - Circo Voador
Dia: 25.07.2007 quarta-feira
Horário: 21h30
Atrações: Lucas Santtana & Seleção Natural, Hurtmold e The Magic Numbers

Dia: 26.07.2007 quinta-feira
Horário: 21h30
Atrações: Mombojó, Móveis Coloniais de Acaju e The Rakes

Ingressos: R$ 100,00

SÃO PAULO - Via Funchal
Dia: 26.07.2007 quinta-feira
Horário: 21h30
Atrações: Hurtmold, Moptop e The Magic Numbers

Dia: 27.07.2007 sexta-feira
Horário: 21h30
Atrações: Mombojó, Móveis Coloniais de Acaju e The Rakes

Ingressos: R$ 100,00 (pista), R$ 120,00 (mezanino) e R$ 140,00 (camarote)

Pale Sunday + Alma Mater



Pale Sunday (Jardinópolis)
Alma Mater (Ribeirão Preto)

+ Djs Convidados: Az e Mark (Studio 11 / Franca)
+ Djs Residentes: Cristie Legs / Marcito / Flávio (Sonic Flower Club)

dia: 22.06.2007
local: Tribo's Bar (Av. Cerro Azul, 628 - Maringá/PR)
horário: 23h
ingressos antecipados: R$10, na Jay Pee (Av. Tiradentes, 87 / 3026-3485)

domingo, 17 de junho de 2007

Street Art - Curitiba/PR

















Obrigado Por Fumar (Thank You For Smoking, 2005)

Sarcástico, criativo e inteligente, Obrigado Por Fumar é uma sátira sobre a indústria tabagista que, no filme, se utiliza basicamente do poder da manipulação de informações para conquistar consumidores. O protagonista do filme é Nick Naylor (Aaron Eckhart), porta-voz das grandes empresas de cigarro norte-americanas, que com sua fala articulada e argumentos muito eficazes (capazes de fazer com que qualquer matemático acredite que 1 + 1 é igual a 3), luta para convencer a sociedade de que seu produto não causa malefícios a seus usuários.
O discurso de Nick é tão inteligente, bem elaborado e cativante que ele consegue não apenas levar as pessoas a acreditarem que o cigarro não é prejudicial à saúde, como também consegue fazer com que o espectador o enxergue como o "bonzinho" da história e os defensores da saúde pública como "vilões".
O filme ainda faz diversas críticas à sociedade atual por meio de personagens secundários, como uma jornalista que se envolve com Nick e utiliza o sexo como arma para conseguir informações do lobista; um senador corrupto que se preocupa apenas em manter sua imagem; e um agente de Hollywood que aceita $25 milhões para colocar Brad Pitt e Catherine Zetta-Jones fumando glamourosamente em seu filme.
Obrigado Por Fumar é um filme que trata de um assunto polêmico presente em nossa realidade com uma grande dose de humor negro e cinismo, fazendo conceitos julgados pelo senso comum como absurdos, se tornarem motivos de riso.
Com um elenco repleto de figuras já conhecidas no meio hollywoodiano como Katie Holmes, Robert Duvall e Rob Lowe, a película de estréia de Jason Reitman como diretor de longa-metragens ganhou o prêmio Independent Spirit Awards de Melhor Roteiro, e recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Aaron Eckhart).
A abertura do filme foi muito bem construída esteticamente, com o visual inspirado nos designs de embalagens de cigarro. A trilha sonora também é ótima e se encaixa com perfeição ao longa, tanto na abertura quanto no decorrer do filme, são tocadas músicas antigas que fazem apologia ao produto tratado. Um fato curioso e de absoluta ironia a respeito do filme, é que durante seus 92 minutos de duração, nenhum cigarro sequer é aceso.
Inovadora, ousada e extremamente ácida, a comédia com um toque de documentário nos leva à reflexão e à discussão de assuntos como liberdade de escolha, ética, manipulação e o absurdo valor da mídia e do consumo em oposição ao degradado preço da moral humana. Fica aí uma ótima dica para quem gosta de filmes inteligentes que não são tediosos.

domingo, 27 de maio de 2007

Lixo Absoluto (?)

Se tem uma banda que eu sou fã de verdade, é Garbage. Ouço todos os dias, há anos. E não canso! Mas acho que cansar daquele sotaque escocês que só a Shirley Manson tem, não é lá uma tarefa muito fácil.
Enfim... Recebi uma notícia muito boa esses dias, a de que o Garbage estará lançando, no dia 17 de julho, uma coletânea com 18 faixas, sendo uma delas a inédita Tell Me Where It Hurts, que, diga-se de passagem, eu gostei bastante. Mas eu sou suspeita pra falar o que quer que seja quando se trata de Garbage ou de Shirley Manson, então tô disponibilizando aí pra quem quiser tirar suas próprias conclusões.
Voltando ao assunto da coletânea, ela foi intitulada Absolute Garbage e vem acompanhada de um DVD com entrevistas, bastidores e 15 clipes da banda, incluindo o de Tell Me Where It Hurts (que você pode assistir ao final deste post). A compilação ainda terá uma edição limitada com um CD de remixes feitos por grandes nomes da música, como Massive Attack e Felix da Housecat.
Tá, um The Best Of e um DVD com clipes não era bem o que eu queria e esperava, legal seria um DVD de algum show, um álbum com músicas novas, ou até mesmo só com os b-sides, mas visto que o Garbage está de férias desde 2005, está de bom tamanho.
O trabalho solo da Shirley Manson eu ainda estou esperando... Ansiosíssima! Se tudo o que ela faz eu já acho bom pra caralho, quem dirá com participações de Jack White (The White Stripes, The Raconteurs) e Billy Corgan (The Smashing Pumpkins), não é mesmo?!

Faixas do CD

01. Vow
02. Queer
03. Only Happy When It Rains
04. Stupid Girl
05. Milk
06. #1 Crush
07. Push It
08. I Think I'm Paranoid
09. Special
10. When I Grow Up
11. You Look So Fine
12. The World Is Not Enough
13. Cherry Lips (Go Baby Go)
14. Shut Your Mouth
15. Why Do You Love Me
16. Bleed Like Me
17. Tell Me Where It Hurts
18. It's All Over But The Crying

Faixas do CD de remixes

01. The World Is Not Enough - Unkle remix
02. When I Grow Up - Kagz Kooner remix
03. Special - Brothers In Rhythm
04. Breaking Up The Girl - Timo Maas remix
05. Milk - Massive Attack remix
06. Cherry Lips - Roger Sanchez remix
07. Androgyny - Felix Da Housecat remix
08. Queer - Rabbit In The Moon remix
09. I Think I'm Paranoid - Crystal Method mix
10. Stupid Girl - Todd Terry remix
11. Androgyny - Neptunes remix
12. You Look So Fine - Fun Lovin' Criminals remix
13. Push It - Boom Boom Satellites mix
14. Bad Boyfriend - Garbage remix


Faixas do DVD

01. Vow
02. Queer
03. Only Happy When it Rains
04. Stupid Girl
05. Milk
06. Push It
07. I Think I'm Paranoid
08. Special
09. When I Grow Up
10. You Look So Fine
11. The World is Not Enough
12. Cherry Lips (Go Baby Go)
13. Shut Your Mouth
14. Why Do You Love Me
15. Bleed Like Me
16. Tell Me Where It Hurts



Depois de cinco anos na Inglaterra, os paranaenses do Tamborines se apresentam no Brasil


Desde 2002 residindo em Londres, a banda The Tamborines, formada pelo curitibano Rodrigo Thur (bateria) e pelos maringaenses Henrique Laurindo (guitarra e vocal) e Luciana Nozaki (teclado, sintetizadores e percussão), tem se destacado no circuito alternativo londrino e arrancado fortes elogios do público e da mídia, chegando a receber ótimas críticas em veículos como a BBC, a NME e a Drowned In Sound.
Com influências de bandas como My Bloody Valentine e The Velvet Underground, o resultado não poderia ser outro. A receita para tanto sucesso é uma mistura do rock psicodélico com o rock alternativo britânico, muito bem traduzidos pela guitarra barulhenta e pelos sintetizadores.
A banda surgiu em 2000, na época composta por cinco integrantes, que juntamente com o selo carioca Midsummer Madness lançaram o EP “Dressed Up To Better Feel The Sun”, porém dois anos mais tarde a banda chegava ao fim, ou era o que parecia. Em 2005 os Tamborines voltaram a atividade com tudo, lançaram dois EPs na Inglaterra, com participações de Frank Teardrop do Brian Jonestown Massacre, e Mark Gardener do Ride, além do produtor Brian O’Shaunghnessy, que já trabalhou com Primal Scream, My Bloody Valentine, entre outros.
Depois de cinco anos no exterior e com um belíssimo currículo na bagagem, os Tamborines voltaram ao Brasil e fizeram quatro apresentações no mês de maio, em Curitiba, Londrina, Maringá e Ribeirão Preto, mostrando que o reconhecimento que eles têm lá fora é, de fato, merecido.
Em uma rápida entrevista, Henrique comenta um pouco mais sobre essas e outras experiências.
(por Fernanda Inocente)

Fernanda: O nome da banda, The Tamborines, é uma referência à música Mr. Tambourine Man, do Bob Dylan?
Henrique: Na verdade, não. Mas nós adoramos Bob Dylan.

Fernanda: Quando a banda surgiu, era composta por cinco integrantes que faziam um som diferente do que o Tamborines faz hoje. Como era o som de vocês naquela época, e o que levou à mudança?
Henrique: Na época queríamos fazer algo grandioso, como Tindersticks e afins. A banda acabou em 2002, quando o então baterista Renato Tezolin resolveu sair da banda. Quando decidimos voltar a tocar, três anos depois, nós já éramos pessoas diferentes, conseqüentemente o som evoluiu.

Fernanda: Enquanto vocês estavam no Brasil, lançaram o EP "Dressed Up To Better Feel The Sun" pelo selo Midsummer Madness e com distribuição da Candy Records. Qual foi a repercussão desse EP por aqui?
Henrique: Apesar das limitações foi bacana, imagino. Mas nós não fazíamos muitos shows então a coisa se restringiu a pequenos círculos mesmo.

Fernanda: O que levou o Tamborines a se mudar para a gringa? Já tinham alguma proposta de trabalho por lá ou foram tentar a sorte mesmo?
Henrique: Na verdade fomos por outros motivos, profissionais mesmo. Tanto que só começamos os Tamborines por lá em 2005, enquanto outras bandas na mesma situação já entraram com tudo na cena.

Fernanda: Como foi a recepção do público londrino com os Tamborines a princípio? Rolou preconceito com a banda pelo fato de serem brasileiros?
Henrique: Sempre foi muito positiva, estamos em uma posição boa por lá.
Fernanda: Na Inglaterra vocês lançaram o single "What Took You So Long/The Great Vision" pela Decadent Records, e recentemente o single ''Sally O'Gannon/Be Around'' pela Sonic Cathedral. Ambos renderam ótimas críticas em diversos meios de comunicação britânicos de respeito. Como vocês se sentem recebendo elogios desses veículos? Essa aceitação por parte do público e da imprensa era esperada?
Henrique: Nos sentimos respeitados. Esse reconhecimento é fruto de nossa convicção, do entendimento e honestidade no que fazemos. Quanto a ser esperado, sim. Sempre soube que por lá as coisas seriam diferentes.

Fernanda: No single "Sally O'Gannon/Be Around" vocês contam com a participação especial de Frank Teardrop do Brian Jonestown Massacre, e de Mark Gardener do Ride. Como foi gravar com esses grandes nomes da cena alternativa mundial?
Henrique: Ótimo! Mas uma coisa é preciso ser dita: o single já é clássico sem Mark ou Frank. O fato deles se oferecerem pra tocar no single só mostra que nosso trabalho é sério e de qualidade.

Fernanda: Depois de cinco anos fora do Brasil, como é estar de volta? Como foi para o Rodrigo tocar em Curitiba? E como foi para você e Luciana tocarem em Maringá?
Henrique: Nossa casa é Londres. Mas tocar em Maringá e Curitiba foi muito bom, principalmente por poder rever grandes amigos.

Fernanda: Essa mini turnê brasileira tinha na agenda apenas quatro shows, sendo três deles no Paraná. Vocês pretendem voltar ao Brasil com uma turnê mais extensa, que percorra mais estados e regiões?
Henrique: Difícil falar. Nós viemos mesmo passar férias no Brasil, se rolar algo mais sério, tocaremos sim. Mas enquanto houver promoters como uns e outros de Londrina, que sempre dão balão, aí a coisa complica.

Fernanda: Voltando para a Inglaterra, quais são os planos para os Tamborines?
Henrique: Continuar nosso trabalho por lá, lançar discos, tocar, enfim...




Clipe de Sally O'Gannon

Versão acústica de Be Around, gravada no Programa Garagem

Cover Beatles no show em Maringá, no Tribo's Bar - 18.05.2007


Para agenda, música e outras informações, clique aqui.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Programa de computador simula efeito de drogas

A nova febre entre os internautas é um software chamado I-Doser, que, através de batidas sonoras, altera a freqüência das ondas cerebrais e proporciona sensações similares a de diversas drogas, como a da maconha, cocaína, heroína, ópio, entre outras. O programa, desenvolvido pela I-Doser Labs, oferece aos seus usuários "doses virtuais" dessas drogas, que na realidade são sons binaurais que sincronizam as ondas do cérebro em uma determinada freqüência, causando o efeito da "droga" escolhida. As batidas binaurais são o resultado de dois sons em freqüências similares que, juntos, criam um terceiro som com uma freqüência intermediaria, que pode alterar o estado da mente, causando euforia, sono, relaxamento, alucinações e outras sensações provocadas pelas drogas. Para que o efeito da droga seja alcançado com êxito, o site do software (www.i-doser.com) recomenda que a pessoa esteja relaxada ao utilizar o programa, de preferência deitada, com os olhos fechados e com um bom par de fones de ouvido. Fernando Damasceno, 23, estudante de engenharia química, conta que experimentou a dose virtual de mescalina e se surpreendeu. "No começo não achei que iria dar certo, fiquei deitado na minha cama uns 20 minutos ouvindo aquele som e nada acontecia. Mas depois de um tempo comecei a ficar com os pensamentos confusos, fiquei meio lerdo. Realmente funciona", afirma o estudante. Já o aluno de publicidade e propaganda, Lucas Maffini, 19, diz que não sentiu nada ao utilizar esta mesma dose. "Acho que isso vai de pessoa pra pessoa. Eu usei as doses de mescalina, ópio, maconha e morfina, a única que funcionou em mim foi a de morfina. Senti meus braços formigando e minha cabeça pesando para trás". As conseqüências que o I-Doser pode causar em seus usuários, se é que elas existem, ainda são desconhecidas, no entanto, o método de batidas binaurais já é muito utilizado em tratamentos auditivos e psicológicos. A "droga virtual" está disponível para download gratuitamente no site da empresa e vem com 2 doses experimentais que só podem ser utilizadas uma única vez. Para repetir a experiência, o usuário deve então comprar pacotes que variam de preços de acordo com as drogas, porém, alguns sites da internet já disponibilizam doses gratuitas e ilimitadas.